16 de julho de 2010

Onde a Psicologia e a Fotografia se Tocam

Desde cedo a fotografia me arrebatou, no entanto, vindo de família com poucas condições financeiras, não podia me dar ao luxo de investir nesta paixão.


A Borboleta e a Madeira - Morro da Urca - RJ

Quando consegui o meu primeiro emprego presenteei-me com uma Olimpus Trip. Foi uma época maravilhosa até ser roubado. O incidente me traumatizou, afastando de mim a vontade pela fotografia. Desta época, lembro de uma foto de uma água viva que dei de presente a minha prima Meruza, alguns nus de amigas e um concurso feito com uma amiga da época, Fátima, que ela achou que havia ganhado porque fez uma foto que qualquer pessoa faria, um Cartão Postal no Mirante de Tabatinga - RN- rsrsrsrs.


Imitação da foto da água viva presenteada a Meruza Praia de Icaraí - Niterói - RJ

Com Fátima ainda tivemos alguns nus em preto e branco que nós revelamos no laboratório de sua família, e uma foto de mãos quase se tocando que guardo com carinho até hoje.
Meu caminho e o da fotografia se distanciaram. A roda da fortuna inverteu o seu giro e eu me vi em condições financeiras que não me dava à mínima possibilidade de travar, novamente, contado com a fotografia. Nesta época outra paixão apareceu, a psicologia. Foram caminhos muito árduos e de muita solidão familiar.


Anoitecer na praia das Pedrinhas São Gonçalo - RJ

Um grupo novo se formou e grandes amigos deram-me apoio para um novo estágio de minha vida, possibilitando-me um novo olhar para o mundo.
Enfim veio o digital, e a roda da fortuna girou novamente. Agora eu podia me dar ao luxo de buscar realizações na fotografia e a psicologia estava latente para ajudar-me a abrir e fechar gestalts. Comprei uma máquina compacta simples, por acaso uma Olimpus também e comecei a aventurar-me. O mundo passou a ser percebido de outra forma. As minhas dificuldades psicológicas de relacionamento começavam a ser o meu ponto de partida para estudo pela fotografia. Assim fotografar a mesma coisas de vários ângulos procurando perspectivas diferenciadas parta o mesmo ponto de vista ajudou-me a flexibilizar o meu pensamento e minha atuação. Travar contato com as pessoas passou a ser mais fácil, a máquina passava a ser uma extensão do meu olhar, do meu perceber, do meu sentir. Assim era possível tocar o mundo a minha volta, apesar de estar distante.
Vieram os cursos, as técnicas, os estilos, e por fim nasceu Chris Acyoli.

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